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Uso de subprodutos na alimentação bovina

A utilização de subprodutos agroindustriais na nutrição de bovinos é uma estratégia eficiente para reduzir custos de produção e otimizar o aproveitamento de recursos. Esses ingredientes, provenientes das indústrias de grãos, citros e oleaginosas, oferecem uma alternativa viável e sustentável às dietas tradicionais. No entanto, a inclusão desses produtos na alimentação deve ser realizada com critério, considerando aspectos nutricionais e impacto produtivo.

Principais subprodutos utilizados na alimentação de bovinos

  • Farelo de soja e farelo de canola: Excelentes fontes proteicas e energéticas, com alta digestibilidade e boa aceitação pelos animais.
  • Farelo de Trigo: Rico em fibras e fósforo, auxilia na fermentação ruminal, mas deve ser balanceado para evitar distúrbios digestivos.
  • DDGS: Subproduto da destilação de milho, é uma fonte concentrada de proteína e energia, amplamente utilizado na alimentação de bovinos de corte e leite.
  • Polpa Cítrica Peletizada e Casca de soja: Rica em fibras digestíveis, contribui para a produção de energia e substitui parte do milho na dieta.

Vantagens do uso de subprodutos

  • Redução de custos: O aproveitamento de subprodutos permite diminuir a dependência de ingredientes convencionais mais onerosos, como milho e farelo de soja.
  • Sustentabilidade: Contribui para a redução do desperdício agroindustrial e melhora a eficiência no uso de recursos naturais.
  • Aprimoramento da digestibilidade: Muitos subprodutos contêm fibras de alta qualidade que favorecem a fermentação ruminal e o metabolismo energético.
  • Disponibilidade regional: Permite a formulação de dietas ajustadas às condições locais de oferta de insumos.

Cuidados na utilização de subprodutos

  • Qualidade e contaminação: A presença de micotoxinas, metais pesados ou contaminação microbiológica pode comprometer a saúde e o desempenho animal.
  • Balanceamento nutricional: O excesso de determinados subprodutos pode desequilibrar a dieta e comprometer a digestibilidade dos nutrientes.
  • Palatabilidade: Alguns ingredientes podem apresentar menor aceitação pelos animais, exigindo ajustes na formulação.
  • Armazenamento e conservação: A umidade elevada de alguns subprodutos exige estratégias adequadas de armazenamento para evitar perdas e deterioração.

A inclusão de subprodutos na alimentação bovina deve ser feita com critérios técnicos, considerando a composição nutricional e os objetivos produtivos. Com um manejo adequado, esses ingredientes podem se tornar aliados estratégicos para a eficiência da produção bovina, contribuindo para a sustentabilidade do setor.

Lembrando sempre, que toda dieta feita na propriedade, precisa ser muito bem misturada, após todos ingredientes junto no misturador, deixar os mesmos bater, misturar por no mínimo 10 minutos, assim conseguimos fazer com que o animal consiga ingerir todos os ingredientes, e manter uma uniformidade em cada bocada.